Sexta, 22 de
maio de 2015
Ivan Richard
- Repórter da Agência Brasil
O empresário Wagner Canhedo Filho foi preso hoje (22), em
flagrante, por porte ilegal de armas em meio à Operação Patriota, deflagrada
pela Polícia Federal (PF) e pela Procuradoria da Fazenda Nacional, em Brasília.
Ele era uma dos alvos da operação que investiga um esquema de fraude fiscal
superior a R$ 875 milhões.
Os gestores do Grupo Canhedo, que administram, entre outros
negócios, empresas de ônibus, de turismo e o Hotel Nacional – que
inspirou o nome da operação -, são suspeitos de usar empresas de fachada para
ocultar faturamento de empresas e, com isso, não pagar multas e débitos
tributários.
As investigações começaram no ano passado depois que fiscais
da Procuradoria da Fazenda Nacional tentaram bloquear o faturamento de seis
empresas do grupo para pagamento de débitos na Receita Federal, mas não tiveram
sucesso. Isso porque, apesar de ativas, essas empresas não tinham faturamento.
Com as investigações, a PF e a Procuradoria da Fazenda
Nacional identificaram que empresas de fachada eram usadas pelos gestores do
Grupo Canhedo para ocultar o faturamento das empresas em débito com a Receita
Federal. Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de condução coercitiva e 15 de
busca e apreensão, sendo um deles na casa do empresário Wagner Canhedo.
Canhedo ficou conhecido nacionalmente no década de 1990,
após comprar a companhia de Viação Aérea São Paulo (Vasp). A empresa decretou
falência em 2008, com dívidas superiores a R$ 1,5 bilhão.
Os suspeitos responderão por falsidade ideológica, formação
de quadrilha, lavagem de dinheiro e de capitais. Wagner Canhedo Filho foi
levado para a Superintendência Regional da Polícia Federal, no Distrito
Federal, e foi estipulada fiança no valor de R$ 38 mil.
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