Terça, 1 de setembro de 2013
Vladimir Platonow, repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A maior parte dos
vereadores de oposição acaba de se retirar do plenário da Câmara de
Vereadores do Rio de Janeiro em protesto contra a violência da Polícia
Militar na repressão aos professores que protestam, do lado de fora,
contra a votação do plano de cargos e salários do magistério municipal.
Em frente ao prédio do Legislativo, no centro do Rio, o clima é de
confronto.
O gás lacrimogêneo já invadiu o interior
da Câmara, podendo ser sentido dentro do plenário. Enquanto o conflito
entre policiais militares e professores prossegue nas ruas, os
vereadores continuavam com os debates em torno da proposta. O regime de
urgência para aprovação do projeto foi aprovado por 33 votos a 12.
Há pouco, um grupo de manifestantes tentou
invadir a Câmara Municipal através de um portão lateral. Eles
conseguiram quebrar o cadeado que fechava a entrada, mas foram
reprimidos com spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo e de
efeito moral. Além da Guarda Municipal, policiais do Batalhão de Choque
estão dentro da Câmara para proteger o prédio.
O vereador Leonel Brizola Neto (PDT)
criticou a decisão de continuar da sessão. “O presidente da Câmara de
Vereadores, Jorge Felippe [PMDB] quer fazer uma sessão com bombas e
balas de borracha em cima do povo. Nem na época da ditadura isso
ocorreu”, reclamou. A pretensão da bancada governista é aprovar a
proposta ainda hoje.