Sábado, 5 de outubro de 2013
Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os reitores das universidades federais do Rio
assinaram nota na qual repudiam e expressam preocupação com os atos
violentos cometidos contra os professores da rede municipal de ensino do
Rio de Janeiro. Hoje (4), os professores decidiram manter a greve,
durante assembleia no Clube Municipal, na zona norte da cidade.
“Como representantes de instituições formadoras de um número
expressivo de professores que atuam na rede pública, somos instados a
nos posicionar, repudiando atos que colocam em risco a integridade
física e emocional de profissionais que são responsáveis pela formação
de crianças e jovens que representam o futuro de nosso estado e do
país”, diz a nota.
Os reitores também pedem aos poderes constituídos do estado,
sobretudo a Câmara de Vereadores, que se sensibilizem com as demandas
apresentadas pelos professores e abram canais efetivos de negociação.
“De forma a que um legítimo plano de carreira represente os anseios do
conjunto dos trabalhadores da educação e permitam o retorno à
normalidade das atividades, garantindo que o processo educativo, tão
necessário e primordial, se efetive e possamos oferecer à sociedade o
ensino de qualidade pelo qual tanto lutamos e almejamos”, concluiu a
nota.
Assinam o documento os reitores da Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro (UFRRJ), Ana Maria Dantas Soares; da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Antônio Levi da Conceição; da UniRio, Luis
Pedro San Gil Jutuca; e da Universidade Federal Fluminense (UFF),
Roberto de Souza Salles, além do diretor-geral do Centro Federal de
Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet- RJ), Carlos
Henrique Figueiredo Alves.
O plano de cargos, carreiras e remunerações (PCCR) dos professores do
município do Rio foi aprovado pela Câmara dos Vereadores na terça-feira
(1º) e sancionado no dia seguinte pelo prefeito Eduardo Paes. Enquanto
estava sendo votado, manifestantes contrários ao PCCR e policiais
militares entraram em confronto na área externa da Casa Legislativa, na
Cinelândia. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde 23 pessoas ficaram
feridas.