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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Che Guevara, assassinado em 9 de outubro de 1967

Quinta, 9 de outubro de 2014
Outubro
9
Eu vi ele e vi que ele me via
Em 1967, quando Che Guevara jazia na escola de La Higuera, assassinado por ordem dos generais bolivianos e por seu mandantes distantes, uma mulher contou o que havia visto. Ela era uma a mais, camponesa entre muitos camponeses que entraram na escola e caminharam, lentamente, ao redor do morto:
— A gente passava por ali e ele olhava para a gente —disse— A gente passava e ele olhava. Ele sempre olhava para a gente. Era muito simpático.
Outubro
8
 Os três
Em 1967, mil e setecentos soldados encurralaram Che Guevara e seus pouquinhos guerrilheiros na Bolíviia, na Quebrada de Yuro. Che, prisioneiro, foi assassinado no dia seguinte.
Em 1919, Emiliano Zapata tinha sido crivado de balas no México.
Em 1934, mataram Augusto César Sandino na Nicarágua.
Os três tinham a mesma idade, estava a ponto de fazer quarenta anos.
Os três caíram a tiros, a traição, em emboscadas.
Os três, latino-americanos do século XX, compartilharam o mapa e o tempo. E os três foram castigados por se negarem a repetir a história.
Eduardo Galeano, no livro Os filhos dos dias (Um calendário histórico sobre a humanidade), 2ª Edição, L&PM Editores, 2012, páginas 320 e 321.

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Comandante Che Guevara — Silvio Rodriguez


 Che Guevara na ONU


Balderrama — Mercedes Sosa